segunda-feira, novembro 19, 2007

"Pois é, não deu. Deixa assim como está, sereno" - Los Hermanos

Os olhos mais atentos já devem ter notado que vez por outra me entrego a desabafos descabidos e inesperados.
Culpemos o tempo, o fim do ano, o ciclo menstrual. Fica mais fácil.
Não tentem entender, isso acabaria com minha busca pessoal, rs.

***
Danço e canso
de ser a massa de modelar
dos que nem ousam pensar
no que modelam.

Canso e danço.
Sofregamente tento,
e tropeço ao modelar
sem pensar.

Eliminando as rebarbas
agrego culpados
reclamo, clamo,
engano...
continuo modelando.

A vida de modelo,
esse ciclo bulímico,
o cheiro de breu,
tudo me cansa.

Dança.
Dança.
Dança.

sábado, novembro 10, 2007

Wet Drops


Como eu amo a chuva e seus mistérios.
Podem me chamar de trágica, mas qto mais verde escuro o céu fica mais eufórica eu me sinto!
É uma das formas de se esquecer desse mundo cinza.

quarta-feira, outubro 31, 2007

Festivais

Momentos inusitados de mais um festival. Perdoem-me pela quantidade de fotos, elas revelam minha tara pela espontaneidade.
A música foi boa, mas poderia ter sido melhor.
A companhia foi boa, nem mais nem menos...suficientemente valiosa.
Uma das coisas que eu mais curto em fotos é o fato de elas nos fazerem enxergar as coisas sob um prisma diferente (q frase mais óbvia). O q quero dizer é que nem de sensações como o cansaço a gente lembra qdo revê os momentos registrados, parece q as lentes às vezes conseguem captar mais do que a gente imaginou sentir em um dado momento. Coisa doida.

É bem verdade q nem sempre isso acontece, mas qdo acontece fica tão bonito q dá vontade de passar o resto das horas só RElembrando, REdizendo, REfazendo.

É bom tirar a nostalgia do armário.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Falando nisso...

By the way...hj é dia dos professores!
Já q ninguém lembrou, eu me parabenizo, hahaha.

Aqui vai um trecho de uma mensagem bem utópica e até um pouco presunçosa sobre os professores por aí.
Ah, mas quer saber? Hj é meu dia, eu vou ser convencida mesmo! hehehe

As bolas de papel na cabeça,
Os inúmeros diários para se corrigir,
As críticas, as noites mal dormidas...
Tudo isso não foi o suficiente
Para te fazer desistir do teu maior sonho:
Tornar possíveis os sonhos do mundo.

(autor desconhecido)

Presentes quentinhos

Algumas pessoas comumente julgadas como desconhecidas podem se revelar mais próximas e familiares do que muitos dos que compartilham nosso café de todos os dias.

Aqui vai uma homenagem para alguém da terra do sol nascente que nem sempre consegue ver o brilho dele mas acaba nos iluminando com sua delicadeza e sensibilidade.


Camila, da maçã da Fiona ainda sabemos pouco, mas descobriremos em breve e faremos questão de lhe dar nosso parecer (devidamente colorido por esses lápis mágicos!)


A fumacinha do café nos aguarda!


Once again, thanks! :)




quarta-feira, setembro 26, 2007

Quem é que disse que não gosta de gente com cara de paisagem?


Pôr-do-sol ...meio-dia...pôr-do-sol.
Furacões, nuvens, movimento, mudança.
Dessa vez não precisei desejar que meus olhos tirassem fotos! Eles podem não ter sido a câmera, mas eu bem sei o que eles vislumbraram por trás das lentes dela.

segunda-feira, setembro 17, 2007

segunda-feira, agosto 27, 2007


Nem toda a luz vem do sol.

domingo, julho 08, 2007

BELLE

C'est très beau, très belle!
C'est BELLE!



Hj falando ao telefone, meu amor quentinho colocou uma melodia familiar como música de fundo...e me lembrei do quanto ela estava esquecida. Era o belo Belle & Sebastian.


Já estava sonolenta, mas precisei entrar na internet para fuçar como estava a vida artística dessa banda que parece ter pessoas normais como a gente, gente sensível e simples. A combinação mais linda q eu já vi.
Eis q descubro um "quase novo" CD de 2006.
Céus, onde eu estava em 2006?
O nome do CD? Life pursuit: busca da vida.
Onde estava minha cabeça? Ou melhor, o q estava nela q me impediu de lembrar dessa banda?
Ñ importa mais.
Agora é só curtir as melodias que parecem trilha de desenho animado europeu. Trilhas estranhamente conhecidas.

Idéa na cuca:
De onde vem uma banda q coloca uma foto de um pato em um lago na página inicial do site dizendo q ñ tem muita coisa acontecendo e q por isso eles desejam um ótimo verão a todos?
Quanta suavidade!!!!

quinta-feira, junho 14, 2007

O conhecimento é uma mola que me impulsiona.
Quanto mais fuço, mais alto quero pular para ver o que existe atrás da montanha. Se isso é sabedoria de verdade, ñ sei e nem busco saber.
Apenas sei que pouco ainda sei e isso me deixa mais triste do que feliz por vezes.
É aquele sentimento de angústia que salta pelos olhos diante de uma livraria, locadora ou página da internet: tanta coisa e tão pouco tempo.
É aí que fico me questionando sobre o tempo.
Já ouvi dizer que aproveitamos esse tal ao máximo quando estamos lotados de coisas para fazer. Parece que o ócio só traz mais ociosidade, será verdade isso? É, quando começamos a coçar ñ dá mais vontade de parar mesmo.
Enfim, tento reverter esse sentimento de angústia para algo mais positivo...afinal, é bem deprimente competir comigo mesma tentando devorar tudo o que vejo pela frente.
Nos tropeços às vezes opto pela pressa, outras, volto-me para a câmera lenta, e assim o fuça-fuça continua!


Se o universo gosta mesmo de velocidade, vou dar uma ajustada no meu velocímetro para deixá-lo pelo menos equilibrado.

### Wingmakers ###








quarta-feira, junho 13, 2007

LIVRANDO o pensamento

E vc, qual livro segue?


*Idéia mordiscando os neurônios: "Liberdade é pouco. O que eu quero ainda não tem nome"
Clarice Lispector

quinta-feira, maio 03, 2007

OI



Com licença poética

Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo.
Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.

Adélia Prado

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Carlos Drummond de Andrade é meu herói secreto.
Encontrar algo que dialoga tanto com ele é, no mínimo, divertido!
Sem machismos ou achismos, achei (olha eu, já achando!) interessante. Vamos lá, até o anjo é esbelto neste poema!
E a idéia do parto sem dor? Nem um teco reconfortante?
Come on girls, que ainda aparecem neste blog,...me ajudem! hehe

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Recado de bolso: hj é um daqueles dias em q estou sentindo q algo está para acontecer. Será q acontece mesmo ou vai ser só mais uma ida ao banheiro?
Bom, na pior das hipóteses,com diz minha mãe, a gente se "desenfeza", hihihi :)


Idéia na cuca: esse violão está me olhando com curvas desafiadoras hj! Deixa estar.

terça-feira, abril 17, 2007


Existem coisas que fazem nossa cabeça por alguns segundos.
Outras vão comendo nossos pensamentos pelas beiradas por um longo tempo.
Cheguei à conclusão de que não temos como evitar esse vai e vem.
Na pior (ou melhor) das hipóteses, a gente muda.

sexta-feira, abril 13, 2007

CABO

Cabo da BOA ESPERANÇA ou das TORMENTAS?
Tudo é relativo?
O Einstein é que era esperto.


O TREM - mensagem de aniversário

*7/4/2007*

Certa vez ouvi dizer que os anos passam pela gente como um verdadeiro trem de carga.
Hoje, ao comemorar meu aniversário antes da data em que ele realmente deve ocorrer, vejo-me forçada a discordar de tal afirmação. Não seria a vida por si só um trem de carga?
Passamos de estação em estação, conhecemos novos rostos, experimentamos novas sensações, quebramos a cara em um local diferente, ganhamos uns arranhões, uns carinhos, ouvimos estas ou aquelas palavras que sentimos que nos marcarão para sempre, adoramos a banda e/ou a música do momento, mudamos o visual,e às vezes até chegamos a levantar bandeiras.
Mas aí chega a hora de entrar no trem de novo. E agora? A bandeira não cabe, as malas estão muito cheias, dá vontade de não partir. O nó na garganta mistura-se à indignação quando o periquito na gaiola do fulano ao seu lado começa a testar os seus nervos. Entramos mesmo assim, meio desengonçados, sem saber ao certo qual será a próxima estação.
Durante a viagem, muitas vezes vamos nos desvencilhando do “peso” adquirido na estação anterior, e o mais impressionante é que vez por outra fazemos isso sem perceber. Afinal, cá entre nós, a viagem é longa, o conforto fala mais alto.
Então chega a hora de parar em outra estação, e as histórias muitas vezes se repetem. Mais revolta, vontade de mudar o mundo (o Greenpeace tem mais uma chance de ganhar muitos membros), mais bandeiras, mais calos, muitos outros tantos tapas na cara (alguns bem merecidos), e por aí vai. E vem novamente a hora de entrar no trem. É um tal de: pega, enche, fecha a mala, abraça, chora, sorri, abaixa, pensa, puxa, corre, grita, silencia...nem todo mundo agüenta. Muitos ficam pelo caminho pensando que podem permanecer para sempre naquela estação. Ingênuos, não percebem que estão perdendo tempo e que o trem chega sempre e, mais cedo ou mais tarde embarcamos nele. Só que ele é danado, vira trem fantasma, nos assusta e nos pega sem que a gente se dê conta às vezes. Muitos de nós só percebemos a mudança de estação quando já é hora de partir novamente.
Durante a viagem, por inúmeras vezes nos perguntamos o destino do trem. Ninguém se lembrou de perguntar quando entrou, e espere, quando foi mesmo que entramos nele pela primeira vez? Silêncio. Alguns passageiros cochicham e contam histórias sobre o último que tentou descobrir o destino da locomotiva. Olhos espantados vislumbram um certo terror misturado com compaixão: “Pobrezinho, tão jovem”. Muitos outros passageiros decidem destruir o meio de transporte em sinal de protesto. Com suas faixas de “morte ao trem” eles acabam com tudo o que vêem pela frente. São tantos traumas e frustrações, cada um escolhe sua forma de lidar com elas. É uma pena não perceberem que estão apagando a chama de recuperação que queima dentro deles mesmos.
E no meio disso tudo, estou eu, sentada no banco da janela tentando dar uma de psicóloga com a moça ao lado que não pára de chorar. Terminou com o namorado e agora se arrepende. Da última vez, era um velhinho que perdeu o filho antes de sua viagem terminar. As histórias se repetem tanto, e soam tão familiares, é de arrepiar.
Tenho a sensação de que vou descer do trem logo, às vezes vem assim mesmo, como um friozinho na barriga e uma euforia na espinha. Consigo ver alguns amigos (estão com cara de importantes, mas não perderam o sorriso juvenil), parentes (Olha minha vó lá de novo!, e o pai com cara de bravo, nossa como minha irmã cresceu, e minha mãe fica cada vez mais bonita...danadinha vaidosa!, a primaiada também apareceu com os tios sarristas prontos para o próximo churrasco) e até aquele namorado (caramba, não é que ele tem cumprido a promessa de me acompanhar? E ainda traz as pentelhas das irmãs, haha!) me esperando na estação. Como é bom quando eles reaparecem! Alguns deles a gente tenta rever, mas dá tanto trabalho que desistimos...mas esses aí, ah, malandros! Eles não me deixam em paz! É por isso que vou tratar de viver bem esse tequinho de vida que tenho com eles, sem pensar no horário do próximo trem. É difícil, admito, mas aos trancos e barrancos vamos entendendo.
Para falar a verdade, creio que depois de um tempo enxergando a vida como esse trem de carga, começamos a entender que o destino somos nós que traçamos, e que as estações aparecem de acordo com as escolhas que fazemos. Você acredita nisso? É, estou ficando meio estranha com o passar dos anos, deve ser influência desses alunos que me atormentam todos os dias. Ainda assim, sinto que tenho muito a plantar pelas estações afora e, se vocês aí quiserem me ajudar, uma enxada a mais é sempre bem vinda! Será um prazer revê-los novamente na próxima estação!
Obrigada amigos, e lembrem-se SEMPRE AVANTE!

sábado, fevereiro 24, 2007

What u gonna do today?

Pencas e mais pencas de pessoas já tentaram falar sobre o valor verdadeiro dos amigos.
Nem sei se quero falar deles, prefiro sentí-los nesta foto.
Um casal que me acompanha desde os 15, e um maluco cabeludo que trombou comigo aos 21.
Amor e amizade é assim, só acontece.




Fica aqui uma homenagem ao And, a Pink (faltou a Todinho, que está por trás da câmera) e ao artista arteiro que me atura! ;)

***
"Won't somebody come along
And teach me how to keep it alive?
To survive.
Come along and show me something
That I never knew in your eyes.
Take away the tournicate.
I used to be so full of my confidence,
I used to know just what I wanted and just where to go.
More than ever I could use a coincidence,
But now I walk alone and talk about it when I know.
Hey, oh yeah, how long?

I guess I ought to walk away,
Hey, oh yeah, so long...
What you gonna do today?


-> Um trecho da música do momento, HEY - Chili Peppers.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Uma mesa africana


Fiz uma viagem tão longa. Profunda e rasa ao mesmo tempo.

É difícil tentar entender o que acontece em um país em um mês, haja vista que há 23 anos tento entender minha própria terra! (na verdade, acho que passo mais tempo tentando desentender tudo).

Mais difícil ainda é escolher uma foto para compartilhar. São tantos momentos, tantas sensações, tantas imagens que as fotos não fotografam...

Mas, ja que é preciso começar por algum lugar, que seja pelo topo, digo, o começo do topo.
O topo achatado da TABLE MOUNTAIN achata nosso orgulho, nossas preocupações e nossa minoridade de pensamentos e atitudes.
Alguns só vêem as pedras, os lagartos, os arbustos secos, os abismos.
Eu consegui ver o que senti, "só" isso.
Idéia na cuca:
Quem tirou esta foto da minha irmã tirando uma foto minha realmente gosta de mim! Uma metalinguagem espontânea.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

GOODBYE, SO LONG!



***

Amanhã coloco o pé na estrada.

Torçam por mim, ou apenas, façam uma visita aqui para deixar um recado às vezes.

Ñ prometo posts, mas vocês podem esperar muitas curvas!

Conto mais daqui um mês.

***

terça-feira, janeiro 02, 2007

2007


A passagem de um ano para outro é rodeada de mandingas, simpatias e tico tico no fubá.
Ficamos tão cegos que nem notamos que a "passagem" de ano acontece todos os dias e noites...
Ainda assim, a curiosidade me faz espiar pelo vão da porta (como podem ver, eu tentei com vontade!)
Consegui? Que nada.

Recebi uma notícia junto com os fogos de artifício: as páginas do livro de 2007 cabem a mim escrever novamente. Não é que a editora Vida Bandida gostou de mim mesmo? Nem as reclamações dos cotovelos ardentes e das vontades desmamadas conseguiram me derrubar.
Não vou reclamar, é bom começar o ano empregada.
Você já tem idéias para seu livro?
Boa sorte a todos nós!!!

A viagem está só começando...


*P.S: eu, e minhas primas Gabiróviski e Noritska - não exsitem mistérios na gente!